Entrevista da Semana

Geral
Guaíra, 8 de outubro de 2017 - 10h30

Batista Faria, o Zum do Brasil

João Batista de Faria é um guairense de alma e coração. Nasceu há exatos 55 anos, morou na Rua 42 durante muito tempo. Esteve em Goiás, cresceu por lá, passou por Minas também e quando voltou para nossa cidade já veio cantando. Faz questão de enaltecer o nome de Guaíra por onde passa e depois de ler a sua entrevista nosso assinante vai dizer se teve muito prazer em conhecer o “Batista, o Zum do Brasil”.

 

Como a música entrou na sua vida?

Sempre gostei de música, de cantar.  Em 1987 gravei um CD com o nome de “Navegante e Rei do mar.” Pouco tempo depois parei com música e fui mexer com som, puxei alunos, mas a música estava incubada na minha cabeça. Queria seguir carreira solo e gravei um CD produzido pelo Marquinho Lacativa. Isso há 9 anos. Sempre cantando.

 

Hoje, você sobrevive da música?  

Na verdade eu faço alguns shows, mas ainda não sobrevivo da música. Eu tenho uma empresa de Banheiros Químicos e estrutura para eventos e tenho um objetivo, se Deus me der saúde e força, porque coragem eu tenho, se Ele me der forças, eu ainda quero sobreviver daquilo que eu gosto. Nos fins de semana, esqueço todos os problemas e falo para os funcionários que trabalham comigo: “não me liguem, resolvam vocês, hoje é o meu dia!” Esqueço de tudo quando subo no palco.

 

Por que você escolheu Zé Rico?

Na verdade eu me espalhava em cima da imagem de Davan, da dupla Duduca & Dalvan. Um dia, cheguei na cidade de Cardoso e o prefeito de lá, o Sr. João da Brama, quando me viu assustou: “Uai, gente, o Zé Rico aqui?” Gostei e adotei o Zé Rico. Na verdade, o povo já vinha me incentivando a me caracterizar como Zé Rico e começaram a me chamar de “Cover do Zé Rico” e o “Zum do Brasil”. Assim foi, mas agora estou parando com este slogan de “Cover do Zé Rico” e me fixando em “Batista Faria, o Zum do Brasil”. Isto porque, quando Zé Rico começava a cantar, ele fazia a sua afinação emitindo o som de “zum, zum, zum”… Era uma característica dele. Ele usava este “zum” porque dizia que era o canto da cigarra.  Como ele não guardava muito o nome das pessoas na cabeça, ele chamava todo mundo de “Zum”. Então quando se fala “Batista Faria, o Zum do Brasil”, este sou eu.

 

Onde você já se apresentou?

Já me apresentei no programa do Ratinho, no programa da Rede Vida, na TV Aparecida, no Programa do Juliano Cesar e é assim de agora por diante. Faço mais ou menos dois ou três shows por semana, sempre me apresentando assim. Canto com banda ou com playback (que é banda gravada) e vou fazendo o que gosto.

 

Você é bem recebido por onde passa?

Sou muito bem recebido. Para mim, cada shows é uma escada. Cada lugar é uma recepção diferente. Tem lugares que eles apagam todos os refletores e me recebem com as luzes dos celulares e já me gravando. É uma coisa magnífica. Tem lugares que, para entrar no palco, eu passo no meio do povo, também já cantando. Muitas vezes, quando viajo para as apresentações e eu paro nos postos de gasolina, o pessoal me reconhece e chama “Ô Zum, Ô Zum, tira uma foto aqui comigo”. Graças a Deus sou bem recebido na imagem do Zé Rico e na minha própria imagem porque não nego uma foto, um abraço.

 

Como são os bastidores destas emissoras que se apresentou?

É tudo muito profissional. É muito sério. Sou tratado com carinho, também ali tiro fotos e levo nesta hora os ensinamentos do Zé Rico, que também era muito sério, não falava muito, mas todos ali, juntos, o objetivo é o mesmo, uma boa apresentação no palco. Então, vamos fazendo amizades, encontramos nossos ídolos… Recentemente me encontrei com Teodoro & Sampaio e o próprio Teodoro pediu para tirar uma foto comigo, veja só, ao invés de eu pedir para tirar uma foto com ele, ele que pediu para tirar foto comigo! Me abraçou, me incentivou e me falou que eu estava muito parecido com Zé Rico e que só faltava gostar da cor amarela. Foi aí que fiquei sabendo que o Zé gostava da cor amarela. Então os bastidores servem também para isso, para estreitar os laços e adquirir muita amizade. Uma curiosidade, se você fica mexendo no celular, enviando e recebendo mensagens, não tem tempo de conversar com estas celebridades, tanto nos bastidores das televisões como nos rádios.

 

Já pensou na política?

Já fui chamado para participar. Mas hoje a política está muito esquisita. Começando lá de cima. Como eu disse, amo esta cidade e acho que posso colaborar de outra maneira. Minha empresa não trabalha aqui, infelizmente, trabalho fora, mas pago meus impostos aqui, então trabalho fora, mas trago o dinheiro dos impostos para minha cidade.

 

Tem um ídolo?

Tenho sim: Jesus! Este é meu ídolo! Na música ainda é o Zé Rico. Eu estive no velório dele. Quando chegamos lá, estávamos eu, o Max do TáOkey, o Marcelo Júnior, tinha uma fila imensa, chegamos às três horas da manhã e entramos na fila. Mas, aí um segurança, falou assim para mim: “O que você está fazendo aí, você é da família do homem” e me levou para frente, perto de onde estava o caixão. Quando cheguei me olharam assustados, estavam os familiares, Mato Grosso & Mathias, o Chitãozinho, Dalvan tinha acabado de sair, fui muito bem recepcionado por todos. Quando o caixão saiu para ser colocado no caminhão do Corpo de bombeiros, quem estava por ali por perto começou a gritar: “Irmão do Zé, Irmão do Zé”… O Max gravou tudo isso.

 

Você imita o Zé Rico?

Eu não fico estudando os gestos dele para copiar. Se acontece isso, sai naturalmente, inclusive a dupla Marcos Paulo & Marcelo, que são ligados ao Zé Rico, já me falaram que admiram esta espontaneidade. Eu vivo a música, canto de olhos fechados, e acontece, é natural.

 

Gratidão por Guaíra

Sou muito grato por Guaíra. Quando voltei de Goiás, já cantando, tive muita abertura, por exemplo, cantei muito no Centro Social Urbano, porque nossa cidade, naquela época, dava muita abertura para os cantores. Hoje não tem mais isso, infelizmente. Hoje eu agradeço de coração a Guaíra, amo o povo daqui, por todos os lugares por onde passo, seja rádio, televisão ou somente palco, faço questão de falar o nome de Guaíra. O Ratinho foi tão simpático comigo que se esqueceu de perguntar de onde eu era, mas eu chamei e falei, “Ratinho, quero falar para você que sou de Guaíra e um abraço para Barretos” Aí ele gritou “Guaíra, Guaíra”.  Eu amo Guaíra, muitas vezes o pessoal fala que eu não canto aqui. Já cantei e ainda canto, mas acontece que em algumas festas eu me apresento muito tarde, às duas e meia, três horas da manhã, então o povo não fica para assistir.

 

Um sonho!

Tenho um objetivo: quero ainda fazer um show aqui em nossa cidade, para todo mundo ir, para as pessoas mais de idade, que não aguentam ficar até tarde, as crianças, mas que comece mais cedo, que eu entre no palco lá pelas oito horas, porque eu amo esta cidade, não importa a data, se for ou não beneficente. Dizem que “santo de casa não faz milagres”, mas eu discordo, faz sim, o povo me pede música, quer me ver cantar, pede minhas músicas nas rádios, me para na rua, pergunta por onde estou me apresentando, isso para mim não tem preço, é uma satisfação imensa!!! Eu amo demais minha Guaíra!!! Amo demais!!!

 

Agradecimentos

Gostaria de reiterar minha gratidão por Guaíra. Gratidão pela minha família, pelas pessoas que me incentivaram e gostaria de fazer um show, aqui, chamado “Tributo a José Rico”, que pretendo fazer um das melhores apresentações da minha vida, para a terceira idade, para as crianças, quero trazer uns convidados e que este show comece cedo, com todo mundo sentado.

 

E sua agenda?

Esse final de semana, na sexta-feira já estive em Pedregulho, fazendo uma grande apresentação em prol da Santa Casa de lá. No sábado cantei em Colômbia, na beira do rio… Mas onde for me apresentar e estiver, levo e falo no nome de Guaíra.

 


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