Estado de São Paulo lança primeira etapa da vacinação contra febre aftosa

Agro
Guaíra, 5 de maio de 2016 - 08h08

A primeira etapa da vacinação de 2016 deverá ser aplicada até 30 de maio em bovídeos de até 24 meses. Os produtores deverão declarar a vacinação até o dia 7 de junho

 

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo anunciou na semana passada, as medidas da campanha para vacinação contra a febre aftosa de 2016, tendo como foco obter o reconhecimento do status de livre da doença sem vacinação até 2020, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

A Pasta, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), iniciou a aplicação de estudo epidemiológico, desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), nos plantéis paulistas, para identificar as áreas de risco de incidência da doença e definir estratégias em preparação para a retirada da vacinação contra a febre aftosa.

“Com a Guia de Trânsito Animal (GTA) eletrônica, temos condições de analisar uma série histórica e fazer o reconhecimento das áreas de risco. Temos a influência dos animais vindos de outros Estados e que repõem o plantel paulista, portanto, é preciso fazer essa identificação para depois avançarmos na mitigação”, observou o coordenador da CDA, Fernando Gomes Buchala.

De acordo com o coordenador, o controle também é feito por meio de estudos da atividade viral, na qual se colhe a amostra de sangue dos rebanhos, para avaliar a presença de vírus circulante e de estudo de eficiência da vacinação. “Não importa apenas a etapa de vacinação, mas sim a boa imunização, por isso ampliamos o número de vacinações assistidas por meio de boas práticas de qualidade e conservação das vacinas, buscando saber se o plantel está devidamente imunizado”, disse.

A primeira etapa da vacinação de 2016 foi lançada oficialmente na Agrishow e deverá ser aplicada de 1º a 30 de maio em cerca de 4,5 milhões de bovídeos de até 24 meses. Os produtores deverão declarar a vacinação até o dia 7 de junho, de forma online ou presencial, junto às unidades de Defesa Agropecuária (EDA). “Aqueles que não vacinarem os animais no prazo terão as propriedades interditadas, para efeito de movimentação de animais, entrega de leite, produtos e subprodutos, e deverão vacinar o rebanho de forma compulsória. Além disso, receberão auto de infração no valor de 5 UFESP por animal não vacinado e 3 UFESP por animal não declarado”, explicou Buchala.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim ressaltou que “o Estado de São Paulo tem hoje 4% do rebanho nacional, mas é responsável por 24% dos abates de todo o País, o que representa uma grande migração de animais para terminação e abate. É uma fonte delicada para o Estado paulista se não houver garantias de controle de possíveis focos da aftosa. Para que o Estado possa obter êxito no processo, é necessário o fortalecimento prévio de atividades em defesa sanitária animal”.

“Pelos inquéritos já realizados sabemos que o agente não está mais presente nas propriedades, mas tomamos o cuidado para reconhecer por onde entram os animais em nosso Estado a fim de empreendermos, para direcionar as operações de cunho sanitário nas áreas de maior risco e promover a retirada gradativa da vacinação nas áreas que apresentem menor risco”, pontuou Buchala.

Entre as ações anunciadas pela Secretaria estão:

– Incremento da quantidade de vacinações assistidas contra a febre aftosa, especialmente nas propriedades de maior risco e nas propriedades com rebanho inferior a 50 cabeças (em acordo com considerações do relatório final do monitoramento sorológico para avaliação da eficiência da vacinação, elaborado pelo Mapa;

– Identificação e cadastramento das propriedades de maior risco para a febre aftosa;

– Vigilância ativa para a febre aftosa em número significativo de propriedades rurais, especialmente naquelas consideradas de maior risco;

– Intensificar as fiscalizações de trânsito de animais e produtos de origem animal, com barreiras fixas (principalmente em divisas estaduais) e fiscalizações volantes;

– Intensificar as fiscalizações em eventos de concentração animal (feiras agropecuárias, rodeios e leilões);

– Treinamento (teórico e prático) do corpo técnico e preparação para que possíveis focos sejam erradicados no menor tempo possível, com menor número de animais acometidos, menor impacto financeiro e recuperação do “status” de livre o quanto antes;

– Estímulo à participação comunitária na defesa sanitária animal.


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