Governo apresenta balanço das ações contra a dengue no Estado

Agora
Guaíra, 26 de maio de 2016 - 08h04

Número de casos caiu 81% neste ano; cinco dos 645 municípios paulistas concentraram metade das infecções registradas no primeiro quadrimestre

O governador Geraldo Alckmin apresentou o balanço das ações contra a dengue no Estado. O número de casos registrados entre janeiro e abril deste ano, no Estado de São Paulo, foi 81% menor do que no mesmo período de 2015. O levantamento foi feito pela Secretaria de Estado da Saúde, com base nos dados informados pelos municípios paulistas por intermédio do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Foram 108.660 casos confirmados da doença nos quatro meses iniciais de 2016, contra 568.070 registrados no primeiro quadrimestre do ano passado.

“A boa notícia é a queda de 90% no número de mortes pela dengue: em 2015, no primeiro quadrimestre, foram 403 óbitos; em 2016, 44, uma queda de 90%”, disse o governador Geraldo Alckmin, destacando também o andamento dos testes da vacina contra a dengue que o Instituto Butantan, do Governo do Estado, está fazendo. “Está tudo preparado para agora no mês de junho se fazer a última fase de uma vacina tetravalente, contra os quatro sorotipos de vírus da dengue. Será uma vacina de repercussão mundial, feito aqui no Instituto Butantan”, disse.

Cinco municípios paulistas concentraram 49,4% do total de infecções pelo vírus da dengue neste ano: Ribeirão Preto (33.264), São José do Rio Preto (7.312), Presidente Prudente (6.392), Birigui (3.763) e Sertãozinho (2.952). Entre todos os municípios paulistas, 71 não registraram nenhum caso até o momento.

“Essa redução expressiva é resultado da intensificação das ações de combates ao Aedes aegypti promovidas pelo Governo do Estado e, sobretudo, da colaboração do poder público e da sociedade civil. Não podemos dar trégua ao mosquito. Contamos com todos para dar continuidade ao enfrentamento às arboviroses e, assim, aumentar a proteção à população”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, David Uip.

Alckmin destacou as ações estaduais de combate ao Aedes aegypti. “Nós temos, no Estado de São Paulo, mais de 16 milhões de imóveis e foram visitados 24 milhões, ou seja, alguns imóveis foram vistoriados mais de uma vez. Também contratamos agentes de saúde que trabalharam todos os sábados. Chegamos a ter 30 mil agentes de saúde. O combate ao Aedes, que era feito em 1/4 dos municípios, passou a ser feito no Estado inteiro. Investimos R$ 25 milhões e vamos chegar a R$ 50 milhões. A tarefa continua”, comentou Alckmin.

CHIKUNGUNYA, ZIKA E MICROCEFALIA

Em 2015, São Paulo registrou 189 casos importados de Chikungunya, ou seja, os pacientes não contraíram a doença no Estado. Neste ano, foram registrados 366 importados e 55 autóctones.

Já foram notificados 217 casos autóctones de Zika vírus ocorridos desde 2015. Há ainda 29 casos importados – situações em que a infecção ocorreu em outras localidades.

Desde novembro de 2015, os municípios paulistas notificaram 279 casos de microcefalia. Desse total, 8 foram confirmados e 107 foram descartados para microcefalia por infecção congênita, isto é, são relacionados a outras síndromes, intoxicação exógena, ou mesmo, reavaliação do perímetro cefálico. Outros 164 casos estão em investigação para infecção congênita e, destes, 40 são possivelmente associados ao vírus Zika.


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