Guairenses se assustam com aumento de furtos e roubos na cidade

Na manhã de ontem (18), vítimas entraram em perseguição para conseguir recuperar um carro levado por um assaltante

Policial
Guaíra, 19 de dezembro de 2017 - 11h19

Mais de sete crimes foram registrados nestes últimos dias, relacionados a roubo e furtos pelo município, em estabelecimentos comerciais e residências. Essas ocorrências, somadas aos assaltos na zona rural de Guaíra, têm deixando a população assustada e em alerta.

O mais recente ocorreu na manhã de ontem (18), quando um indivíduo furtou um veículo de dentro de uma garagem de vendas, na Rua 18, por volta das 08h. De acordo com relatos do proprietário do local, ele estava chegando na loja no momento do assalto. Ao perceber que um jovem saía do imóvel com um de seus carros, ele tentou alertá-lo, mas o indivíduo apenas gritou “perdeu, perdeu”. A vítima entrou em perseguição pelas ruas do centro de Guaíra atrás do bandido, que entrava na contramão para tentar despistá-lo. Com ajuda de seu pai, o empresário conseguiu cercar o assaltante na rotatória Júlio Robin, “prendendo-o” dentro do veículo, sem as chaves, até a chegada da polícia.

FURTOS

Dois furtos ocorreram na última sexta-feira (15), sendo o primeiro no horário do almoço, em uma loja da Rua 10. Um indivíduo entrou demonstrando interesse em olhar algumas roupas e conseguiu subtrair o celular do vendedor. De acordo com a vítima, o suspeito trajava calça jeans e “blazer” amarelo, blusa estampada, cabelo com luzes, penteado tipo coque, porte físico magro, com altura aproximadamente de 1,60cm, com uma bolsa de braço jeans e uma sacola escrito “Dos Avessos”.

Ainda naquela tarde, uma mulher, de 39 anos, procurou a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência sobre o furto de seu celular. Segundo consta, ela se ausentou da residência para trabalhar e adentraram o local e furtaram um smartphone Samsung J7, que estava em cima de sua cama, não sentindo falta de outros objetos na casa.

Já no domingo (17), uma academia e uma clínica veterinária, localizadas na Avenida 13, foram invadidas durante a madrugada. Em ambas, os indivíduos entraram após quebrarem as portas de blindex. Na primeira, três suspeitos invadiram o local reviraram as gavetas e conseguiram furtar uma moto Biz preta. Já na academia, levaram um notebook.

Na manhã desta segunda (18), a PM recebeu denúncia e localizou a motocicleta, juntamente com dois adolescentes. Ao serem questionados, um deles alegou que havia comprado a Biz por R$ 500 de uma pessoa apelidada de “pardinho”, em Miguelópolis. Eles foram encaminhados para a delegacia, onde a ocorrência foi apresentada ao delegado, que determinou a lavratura do B.O para providências posteriores e liberou os sindicados aos seus responsáveis. O rapaz que levou o notebook da academia também foi capturado pela polícia.

ROUBO DE CARGA

Na madrugada deste domingo (17), um motorista de caminhão procurou a polícia após ser solto por bandidos na entrada do município de Guaíra. Ele contou que estava carregando 37 toneladas de açúcar em seu veículo quando foi abordado, na madrugada do sábado (26), entre Barretos e Colômbia, por um carro (Vectra ou Astra) preto, com quatro indivíduos armados ordenando-o a parar. Eles o coloraram dentro do veículo com um pano na cabeça e o deixaram, após quase duas horas de percurso, no interior de um quarto, não sabendo informar que cidade estaria. Ao anoitecer no domingo, o retiraram do quarto e o deixaram na entrada de Guaíra, onde solicitou socorro à Polícia Militar.

PREVENÇÃO

Para a Polícia Militar, não há “onda” de crimes e esse ano segue dentro da normalidade. “Com relação aos furtos, geralmente acontece de aumentar um pouco esse índice em final de ano. [Mas] por exemplo, furto de celular caiu de 14 para apenas 1 (no comparativo dos primeiros 18 dias de dezembro de 2016 e 2017) e de veículos caiu de 3 para 1, portanto podemos ver que a situação não está realmente alarmante”, comenta o tenente Ubiali.

Segundo ele, as orientações continuam para que a população esteja atenta com seus pertences e evite de deixar carros e casas abertos, bolsas dentro dos veículos, entre outros descuidos.

“Na reuniões do programa Vizinhança Solidária, sempre comentamos sobre o triângulo do crime, que seriam três pontos que, quando ligados, o crime acontece”, informa o militar, referindo-se ao primeiro como o infrator motivado, “o qual é praticamente impossível de mexer neste, pois as leis brandas e a sensação de impunidade leva a crer que o crime vale a pena.”

O segundo ponto é a vítima oportuna. “Aquela que ‘dá bobeira’, que está desatenta e causa situações que facilitam o crime”, afirma. E o terceiro é o local propício. “Por vezes, casas de portões e muros baixos, casas sem ofendículos [proteção], ruas escuras, terrenos com mato alto…”

De acordo com Ubiali, quando se atua em um desses três pontos, o infrator perde a vontade de cometer o crime. “Uma vítima atenta não vale a pena roubar e ao mesmo tempo um ambiente seguro e difícil de ser furtado não vale a pena para o ladrão, pois crescem as chances de ser preso, reconhecido ou até mesmo aumenta muito a dificuldade para cometer o crime e isso gera desinteresse no bandido”, expõe.

“Por isso sempre mostramos a importância da própria população estar preocupada, atenta e tomar cuidado com, não apenas com suas casas e seus bens, mas também os dos vizinhos, fazendo assim uma corrente do bem”, finaliza.


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