Postos de combustíveis da cidade registram o maior preço da região

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Guaíra, 18 de abril de 2017 - 09h34

Cinco municípios próximos a Guaíra apresentam valores menores, chegando a R$ 0,20 ou até mesmo R$ 0,30 centavos de diferença. Agência do Procon orienta consumidores que sentirem-se lesados

Apesar do início da safra na região, o preço do etanol na bomba assusta os consumidores guairenses. O biocombustível, assim também como a gasolina, está registrando grande diferença ao ser comparado a outros municípios da região, como Miguelópolis, Barretos, São Joaquim da Barra, Franca e Ribeirão Preto.

Em pesquisa feita pela cidade, apenas um posto, localizado na Avenida Dr. João Batista Santana, apresentou o menor preço de R$ 2,59 o litro do álcool. Outro estabelecimento na Rua 16 cobra R$ 2,66, enquanto os outros cinco locais variam entre R$ 2,65,  R$ 2,69 e R$ 2,75.

Em Miguelópolis, logo ao lado de Guaíra, os valores são, em média, de R$ 2,60 o litro do etanol. Em Barretos, apesar de postos registrarem até R$ 2,29, a média da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis é de R$ 2,42. Em Ribeirão Preto, o valor é de R$ 2,37; em Franca, de R$ 2,57 e São Joaquim da Barra, de R$ 2,55. O levantamento leva em consideração dados da ANP registrados de 02 a 08 de abril de 2017, com os menores e os maiores valores.

A gasolina guairense também é a mais cara ao ser comparada com as outras cidades. Quatro postos de Guaíra registram o valor de R$ 3,72 o litro; um estabelecimento da Rua 14 marca R$ 3,75 na bomba; outro da Rua 16 apresenta o combustível a R$ 3,70. O menor preço também está em um posto da Avenida Dr. João Batista Santana, a R$ 3,64 o litro.

Em Barretos, de acordo com pesquisa da ANP, a média da gasolina está em R$ 3,47 o litro, enquanto Franca registra R$ 3,67; São Joaquim da Barra, R$ 3,63; e Miguelópolis e Ribeirão Preto apresentam R$ 3,59.

Alguns postos de Guaíra mantêm a média regional do Diesel, enquanto outros cobram R$ 3,09 o litro.

Em contato com um dos proprietários de uma  rede de estabelecimentos, Aloisio Aguetoni destacou que o valores fornecidos são baseados em uma margem de despesas. “Os nossos preços se baseiam em nossos custos. Priorizamos sempre pela qualidade dos combustíveis e por isso conquistamos a credibilidade da população guairense. Além disso, temos essa confiança pois mantemos as aferições de nossas bombas frequentemente e o cidadão constata que na cidade nunca houve denúncia de problemas em qualquer posto, justamente por esse motivo.”

Aguetoni também ressaltou que os comentários de munícipes sobre Guaíra estar cercada por diversas usinas não interfere no valor. “Apesar de termos a indústria do álcool em nosso município, não podemos  comprar etanol aqui. O nosso carregamento só pode ser feito em Ribeirão Preto e por isso ter usinas na cidade não interfere nos preços”, justificou.

DENÚNCIA DO PROCON

Em março deste ano, o Procon de Guaíra enviou ofício à Fundação Procon de São Paulo solicitando a investigação sobre um possível “Cartel de postos de combustíveis” da cidade.

A instituição esclareceu que não é de sua autoridade realizar este serviço, mas sim do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE.

“O CADE tem as atribuições de analisar e aprovar ou não os atos de concentração econômica, de investigar condutas prejudiciais à livre concorrência e, se for o caso, aplicar punições aos infratores e de disseminar a cultura da livre concorrência”, destacou o Diretor de Relações Institucionais da Fundação Procon, João Marcelo F. Gonçalves.

Assim, o diretor do Procon de Guaíra, Evandro da Silva Barros, informou aos consumidores que, caso sintam-se lesados com os valores cobrados na cidade, eles podem registrar a denúncia no CADE através do endereço eletrônico: goo.gl/safiqk (link encurtado e seguro).

Para Aloisio Aguetoni, a denúncia de cartel na cidade é infundada. “Nunca liguei para nenhum proprietário de posto para combinar preço de combustível. Isso não existe”, concluiu.

 



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