Preso suspeito de alugar chácara usada por quadrilha que roubou cofres de bancos em Guaíra

Polícia Civil apreendeu três carros, R$ 4,4 mil e metralhadora dentro de edícula em Araraquara. Dois suspeitos foram presos em Jundiaí e foram apresentados no Fórum de Guaíra nesta quarta (6); outros dois foram encontrados mortos e três fugiram

Policial
Guaíra, 8 de junho de 2018 - 10h04

Dinheiro e munição apreendida em chácara usada por suspeitos de ataque a bancos em Guaíra, SP (Foto: Deic/Divulgação)

 

 

 

 

 

 

 

O suspeito de alugar a chácara usada pela quadrilha que explodiu os cofres de dois bancos em Guaíra foi preso após se apresentar à Polícia Civil em Bebedouro (SP) nesta última quarta-feira (06).

O jovem de 24 anos foi levado ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em São Paulo e encaminhado a audiência de custódia na Justiça, no Forum da Comarca de Guaíra, também na quarta, juntamente com os outros dois presos na terça-feira (5) em Jundiaí.

A Polícia Civil informou que o suspeito já foi condenado por tráfico de drogas e, em depoimento, negou a participação da mulher dele no caso – foi o casal quem assinou os documentos de locação. Na edícula da chácara alugada foram apreendidos três carros, R$ 4,4 mil, uma metralhadora e as placas dos veículos utilizados na ação.

Esse é o terceiro suspeito do ataque preso pela polícia. Outros dois foram detidos em um bloqueio em Jundiaí (SP), dentro de um ônibus que seguia de Rio Claro (SP) para São Paulo. Antes do embarque, durante a fuga, a dupla fez um médico refém.

Dois homens foram encontrados mortos dentro de um carro abandonado pela quadrilha em Araraquara e outros dois conseguir fugir. Segundo o tenente da Polícia Militar de Guaíra, João Guilherme Ubiali Cézar, ao menos 15 suspeitos participaram do ataque.

O diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter-3), João Osinski Júnior, disse suspeitar que os criminosos chegaram à chácara em Bebedouro, a 90 quilômetros do alvo das explosões, na noite de segunda-feira (4).

O proprietário confirmou que o imóvel foi alugado por quatro dias, com término nesta quinta (7).

Em nota, o Deic informou que a quadrilha especializada em explosões de agências bancárias já estava sendo investigada. As informações colhidas pelos agentes indicavam um possível ataque na região de Ribeirão Preto nesta segunda (4).

“Uma equipe de 20 policiais se deslocou para a região com o objetivo de descobrir a cidade alvo e prender os envolvidos. O ataque ocorreu em Guaíra antes que pudesse ser rastreado”, diz o comunicado.

OS ATAQUES

Os ataques às agências bancárias aconteceram por volta de 3h30 de terça-feira (5). De acordo com a PM, o grupo tinha como alvos os cofres do Itaú e do Santander. Os alarmes dispararam e a polícia se dirigiu ao local, mas foi recebida a tiros pelos ladrões fortemente armados.

A quadrilha usou carros para bloquear e dificultar a aproximação dos PMs. Baleado, um dos suspeitos foi resgatado na Avenida 11 e socorrido pelos próprios comparsas.

Apesar do cerco, os ladrões conseguiram fugir. Na porta do Santander, os policiais apreenderam uma pistola com oito cartuchos calibre nove milímetros intactos. A segurança do Itaú informou que um colete à prova de balas foi levado pelos bandidos.

Ainda segundo a Polícia Militar, a quadrilha seguiu em fuga até Araraquara, onde parte acabou interceptada por policiais do Deic. No banco traseiro de uma Mitsubishi Pajero abandonada no bairro Jardim Arangá, os policiais encontraram dois homens mortos.

De acordo com a polícia, dois suspeitos de participação no ataque renderam um médico em Araraquara e dirigiram o carro dele até São Carlos (SP), onde a vítima foi libertada. A dupla seguiu para Rio Claro (SP), embarcou em um ônibus para São Paulo, mas acabou presa em Jundiaí.

Os homens levavam um fuzil desmontado, escondido em mochilas. A Polícia Civil informou que os dois têm antecedentes por roubo a banco.

Outros três suspeitos sequestraram duas pessoas que estavam em um Fiat Pálio em Araraquara. O trio foi até a casa das vítimas, tomaram banho e deixaram o local. Na fuga, os ladrões ainda roubaram dois carros e seguiram rumo à capital paulista.

Em nota, os bancos Itaú e Santander informaram que colaboram com a investigação.

Colaboração: G1/EPTV


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