Vereadores denunciam falta de remédios e fitas teste na saúde pública

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Guaíra, 15 de outubro de 2017 - 09h46

Diabéticos, que fazem uso de insulina, estão sem o produto para medir a sua glicemia. Governo afirma que a medição pode ser realizada em todas as unidades de saúde

Durante a última sessão ordinária da Câmara Municipal, realizada na noite de 10 de outubro, alguns vereadores denunciaram a falta de medicamentos e equipamentos na saúde pública da cidade.

Em seu pronunciamento, o parlamentar José Reginaldo Moretti se mostrou inconformado com a “irresponsabilidade” do governo em deixar a população de baixa renda sem as tiras teste para medir a glicemia dos diabéticos. “É muita reclamação no setor de saúde. Tenho ouvido, as pessoas estão me cobrando na rua por essa fitinha que mede o Diabetes. Não sei se os vereadores têm informação, mas até ontem [9 de outubro] ainda não tinha chegado e faz mais de um mês que está faltando. Agora, olha o risco que está colocando essas pessoas”, reclamou.

O edil ainda ressaltou o perigo para a saúde dos pacientes. “Muitas pessoas precisam dessas fitinhas, pois elas precisam medir para tomar a insulina. Se elas não medirem, podem tomar remédio sem precisar, sem saber a capacidade e o tanto que têm que tomar de medicamento, o que é um perigo”, disse.

Moretti pediu para que a prefeitura se atente à saúde dos guairenses. “Senhor secretário, por favor, observe bem, o vereador está pedindo em nome da população, são pessoas mais carentes que precisam. Hoje, o senhor é um comerciante e também recebe salário para gerenciar a saúde, mas imagina se o senhor tivesse que viver com um cartão de R$ 80, ou Bolsa Família e tivesse o problema de diabetes e fosse lá na farmácia, onde centralizou – e eu fui contra – e não tivesse a fitinha para medir.”

“É custo, não é pouco, mas soma para quem precisa medir 3, 4 vezes no dia, a pessoa não vai ter condições. Pensa um pouco nas pessoas carentes. Falei com o prefeito sobre isso. É inaceitável faltar essa fitinha, onde está a responsabilidade? Quem está faltando com a responsabilidade? A população não merece isso”, completou José Reginaldo.

A vereadora Maria Adriana Gomes também reclamou do setor. “A Saúde realmente está precária, falta-se medicamentos, falta-se fitas para diabetes, falta-se leite Nutren para os acamados, que precisam tomar… Foi um tiro no pé a centralização das farmacinhas. População anda muito, chega lá e não encontra medicamento. A UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24h) não se fala mais nada. Dinheiro muito grande do povo que foi gasto. O prédio está deteriorado”, proferiu.

RESPOSTAS

Em contato com a prefeitura, o departamento de comunicação do prefeito José Eduardo declarou que, em relação à falta de fitas para medir a glicose de pessoas diabéticas a Secretaria de Saúde informa que “a compra do produto foi feita e empenhada e que está aguardando a entrega que está programada para, no máximo, na próxima segunda-feira (16).”

Em contrapartida, o departamento acrescentou que a medição do nível de glicemia dos pacientes pode ser realizada em todas as unidades de saúde.

Referente ao leite Nutren, o Executivo alega que o produto está “incluso na licitação, de leites e suplementos alimentares, que está em andamento.”

Sobre a falta de medicamentos, a atual administração nega. “Na semana passada já chegou a maioria de remédios que estava faltando. O único que ainda está em falta é o Omeprazol. A prefeitura já notificou a empresa e, caso não faça a entrega da medicação, ela será autuada. A secretaria de Saúde informa, sob orientação médica, que existem outras alternativas como Ranitidina e Cemetidina, que podem ser usados como substituição do Omeprazol e que estão disponíveis à população.”

 



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